Uma das maiores preocupações em deixar o familiar idoso viver sozinho é a questão da segurança, já que 70% das quedas acontecem em casa.
Sendo assim, é preciso fazer ajustes nos ambientes internos para torná-lo mais seguro e adequado para eles.
No entanto, sabemos que mesmo com todos os cuidados, as quedas ainda podem acontecer. É por isso que é necessário investir também em soluções de teleassistência, capazes de garantir que eles consigam pedir ajuda em caso de quedas ou desmaios.
Avalie os riscos domésticos
A família precisa avaliar bem os ambientes da casa, eliminando qualquer tipo de obstáculo e perigo. Nesse momento, é importante prestar atenção se há tapetes escorregadios, fios soltos ou objetos espalhados pela casa de uma maneira que possam causar tropeços e acidentes.
Além disso, é preciso avaliar se os móveis possuem quinas muito pontudas e se os armários e prateleiras estão instaladas na altura correta, ou seja, de uma maneira que seja possível alcançar os objetos sem que seja necessário subir em escadas, cadeiras ou banquinhos.
Essa análise inicial vai permitir que os familiares compreendam quais mudanças são necessárias realizar para deixar a casa do idoso mais funcional, confortável e, principalmente, segura.
Modifique e adapte os móveis
Depois dessa análise preliminar, chegou a hora de fazer as adaptações. É nesse momento que a família vai precisar trocar ou mover os móveis para que eles sejam mais seguros.
Também é importante observar a condição dos pisos e dos tapetes. Se eles forem muito lisos e escorregadios, o melhor a se fazer é trocá-los por modelos antiderrapantes para evitar acidentes.
Sem contar que os tapetes precisam estar bem fixos no chão, ou seja, eles não podem ter nenhuma ponta dobrada e levantada, porque isso pode causar tropeções e quedas graves.
É preciso observar uma série de fatores, incluindo a instalação de barras de proteção e melhorar a iluminação para tornar a casa do idoso um local mais seguro.
Instalação de corrimãos e barra de proteção
Os corrimãos nas escadas e as barras de proteção nas áreas de maior risco na casa são estratégias interessantes para promover um ambiente mais seguro e confortável para os idosos.
É importante lembrar que a instalação de corrimão deve seguir a NBR 9050 criada pelas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que trata de regras para a acessibilidade de edificações, mobiliários, espaços e equipamentos urbanos.
Dessa maneira, a norma estipula uma altura correta para a instalação do corrimão, que precisa ser instalado em escadas e rampas a 0,92 m e 0,70 m do piso, medidas da face superior até a quina do degrau.
Além disso, a NBR 9050 diz que os corrimãos devem ser contínuos e precisam se prolongar por pelo menos 30 cm nas extremidades, com acabamento recurvado, tendo a distância mínima, em relação à parede, de 4 cm no ambiente interno e 10 cm para os externos.
As barras de proteção também são controladas pela mesma norma da ABNT e podem ser instaladas na pia, box, área do vaso sanitário, portas e até nos chuveiros, ou seja, nas áreas que apresentam mais riscos de queda.
Na pia, por exemplo, as barras de proteção devem ser instaladas a uma altura de 90 cm, medindo a partir do piso acabado e com um comprimento de 40 cm, garantindo que o usuário tenha acesso pleno para se segurar.
Melhoria da iluminação dos ambientes
Com o avançar da idade, é comum que os idosos tenham problemas de visão e doenças relacionadas à saúde dos olhos como catarata, glaucoma, diabete e outros.
Sendo assim, é preciso que os ambientes tenham uma iluminação uniforme e suficiente, evitando áreas escuras que possam representar riscos de tropeços e quedas.
Para isso, é recomendável utilizar lâmpadas de LED, que oferecem uma iluminação mais clara e econômica. Além disso, é importante evitar o uso de lâmpadas muito brilhantes, que podem causar ofuscamento, especialmente à noite.
É essencial também garantir uma boa iluminação em áreas como escadas, corredores, banheiros e cozinha, onde os riscos de acidentes são maiores. O uso de luzes noturnas nessas áreas também pode ser uma excelente opção para auxiliar os idosos a se locomoverem com segurança durante a noite.
Por último, é importante que os interruptores de luz sejam de fácil alcance e que haja pontos de luz próximos às camas e cadeiras, facilitando o acesso à iluminação quando necessário. Uma boa iluminação contribui não apenas para a segurança, mas também para o bem-estar e a qualidade de vida dos idosos em suas casas.
Tecnologia para proteção em casa
Embora você consiga fazer várias adaptações no ambiente para torná-lo mais seguro e confortável, infelizmente as quedas podem acontecer.
As quedas acontecem devido às mudanças no corpo, mente e equilíbrio que ocorrem na terceira idade. Com a perda muscular e o surgimento de doenças crônicas, como a diabetes e labirintite, é fundamental buscar soluções que proporcionem maior segurança em casa.
Nesse contexto, a tecnologia desempenha um papel fundamental ao oferecer dispositivos que ajudam a lidar melhor com as quedas, oferecendo recursos para o idoso conseguir pedir ajuda, mesmo que esteja caído no chão e impossibilitado de se levantar para alcançar o telefone.
Dispositivos de emergência para idosos
A teleassistência tem se mostrado extremamente eficaz nos últimos anos, já que por meio dela, foi possível fornecer o botão de emergência aos idosos que moram sozinhos.
O botão de emergência foi criado pelo médico americano Dr. Andrew Dibner em 1972, que observou a necessidade de ter mais segurança que os pacientes idosos que moravam sozinhos possuíam.
Então, com isso em mente, ele criou o primeiro botão de emergência partindo do princípio que sempre que fosse necessário pedir ajuda, o botão de emergência estaria disponível e acessível para o idoso naquele momento.
Com a evolução da tecnologia, essa invenção foi aprimorada, mas mantém ainda o mesmo princípio: permitir que os idosos consigam pedir ajuda de uma maneira rápida, fácil e eficiente quando precisarem de ajuda imediata.
Importância de um botão de emergência
Muitas empresas brasileiras também têm se especializado nas soluções de teleassistência, sendo assim, é possível encontrar o botão de emergência específico para usar dentro e fora de casa.
A TeleHelp é uma dessas empresas e está há mais de 17 anos no mercado desenvolvendo e aprimorando os botões de emergência. Dependendo do estilo de vida do idoso, é possível decidir se é melhor investir em um botão de emergência para usar dentro ou fora de casa.
Para dentro de casa, a empresa disponibiliza um botão de emergência no formato de pulseira ou colar, permitindo que o cliente escolha o modelo que mais se adequa a sua personalidade e estilo de vida.
O botão de emergência para dentro de casa é à prova d’água e tem um funcionamento relativamente simples, ou seja, sempre que houver necessidade, basta apertar o botão. Em até 60 segundos, um profissional entra em contato com o idoso para avaliar a situação e ligar para os familiares responsáveis.
Além disso, é possível escolher também a versão integrada com sensor de desmaio. Nesse modelo, o sensor presente no botão detecta automaticamente uma queda abrupta e notifica a central de atendimento, sem que seja necessário apertar o botão.
Para idosos mais ativos, que realizam muitas atividades físicas ao ar livre, é possível contratar o botão de emergência para usar fora de casa, que vem com GPS, sensor de desmaio e viva-voz integrados.
Seja qual for o tipo de botão de emergência escolhido, é importante lembrar que ele é uma excelente solução de teleassistência para salvar vidas, já que é muito simples de usar e proporciona uma resposta rápida em situações de emergência.
A agilidade em prestar socorro após uma queda ou desmaio evita que as sequelas se agravem e reduz as chances de morte.
Portanto, unir as adaptações do ambiente com as soluções de teleassistência é uma excelente maneira de garantir que os idosos tenham mais qualidade de vida, independência e segurança.